CRÍTICA - JOGADOR NÚMERO 1
Antes de tudo, tenho a consciência que o filme é uma adaptação e nem tudo escrito no livro poderia ser transcrito no filme, assim como muitas referências dos filmes foram subtraídas e adicionadas novas para complementar.
Para quem ainda não teve a oportunidade de assistir, ou ler o livro saiba que este texto possuirá spoilers sobre apenas o começo do filme e livro.
Em seu começo o filme já corta boa parte do livro. Parte essa que descreve o personagem Halliday, do protagonista Parcival, da destemida Art3mis, de seu melhor amigo Aech, e os irmãos Daito e Shoto. No livro explica o nome ser com “A” e não com a letra “E”, o simples fato do nickname já existia por exemplo.
O filme aborda sobre a morte de Halliday, dono do OASIS, que é um Second Life que deu certo em seu mundo. Mundo esse que você pode ser o que quiser, e isso o filme retrata de forma maravilhosa. A morte deste personagem trás consigo uma aventura para todos os usuários do OASIS, onde o mesmo enquanto descreve que as pessoas devem achar o seu Easter Egg (algo que está em segredo), através de três chaves que o mesmo distribui por seu quase infinito mundo, onde neste vídeo ele dá a dica da primeira chave, e as dicas seguintes serão apenas passadas após encontrar a mesma. E quem encontrasse todas as chaves, teria toda a porcentagem de Halliday nas ações da empresa. No filme ele controlava tudo, porém no livro ele apenas tinha uma parcela maior que seu ex-amigo e sócio Ogden Morrow. E no livro Halliday coloca mais referências sobre os anos 80, 90 e no máximo 2000.
O que decepcionou para mim no filme foi a forma de tratar esse momento triste para muitos sobre a morte de Halliday, ele era importante para muitos e o mesmo foi quem criou uma gama de itens do jogo que conquistou à muitos. No livro é citado que o co-criador ajudava na educação criando as áreas educativas.
Sobre a trama da primeira chave ser mais, muito mais difícil no livro do que no filme, e isso me decepcionou, pois, no filme o primeiro desafio fora encontrado por uma pessoa e ficou aberto para todos. Enquanto que no livro, o personagem principal é pobre e isso atrapalha e muito sua missão pessoal de procurar o Easter Egg, e mesmo não sendo o primeiro a achar, ele foi o segundo, e mesmo assim, a primeira pessoa após muito tempo não conseguiu vencer o desafio. No filme a primeira chave é retratada de forma banal, com uma solução tão simples que após começar eu e um garoto por volta de 7 anos que estava do meu lado falamos: “E se ele fosse de ré?”. E adivinhem? Acertamos com menos de 30 segundos daquela corrida começar. Enquanto eu fiquei triste, o garoto ficou alegre por descobrir o maior mistério que mesmo após 5 anos ninguém ousará tentar!
Após isso eu levei o filme como uma completa nova adaptação. E não me decepcionei. O Filme realmente é excelente e não deixa muito a desejar. Levei meu irmão caçula e rimos muito com certas cenas do filme. Enquanto eu gritava loucamente as referencia junto com outras pessoas no cinema como personagens, armas, e outras coisas. Eu ficava feliz por meu irmão conseguir reconhecer os símbolos de Overwatch, de Mortal Kombat e felizmente para minha pessoa, reconhecer o Gigante de ferro. Esse sendo uma parte que vez meu coração vibrar.
O bom do filme é que o mesmo pega nos pontos principais do filme, e alivia em outros, vide uma certa marca em uma pessoa no livro ser uma queimadura que o autor descreve forte, e no filme só ser apenas uma marca de nascença.
Uma forma de separar isto é: o filme foi feito para ser corrido e mostrar apenas uma pequena história com um encaixe simples e fechado. Enquanto no livro leva toda um drama, ação e construção maior.
O filme não deixa a desejar, é uma excelente forma de se entreter quando você assiste com quem gosta de procurar aquelas referências ou até mesmo uma pessoa que não é muito por dentro da cultura POP.
Para quem viu o filme e gostou desse universo, recomendo ler o livro, pois o livro possui uma gama muito maior que o filme.
