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RUA CLOVERFIELD, 10 - O BICHO É GENTE, MOLEQUE!


Yup, isso mesmo. O segundo filme neste universo criado pelo produtor J.J. Abrams não tem o foco em algum monstro assim como o primeiro, mas sim, nas pessoas que vivem naquele mundo.

Há 10 anos surgia Cloverfield – Monstro, um filme no estilo “found footage”, ou documentário falso, que trazia uma tensa atmosfera de suspense, enquanto um grupo de jovens tentava resgatar uma amiga presa em um prédio e fugir da Nova York em pé de guerra contra um monstro gigante.

O filme trouxe um ar de “Godzilla” com tensão, gerado pela visão em 1ª pessoa dos personagens (através da câmera de um deles). Com isso, gerou um grupo de fãs que clamavam por uma continuação. E ela veio. Só que não.

Rua Cloverfield se passa no mesmo universo, mas não está claro se no mesmo tempo. Na verdade, só sabemos que se passa no mesmo universo devido às declarações de J.J.

Por quê?

Aviso: alguns spoilers filhotes de monstro á frente e um monstruoso para quem entender a referência!

Então vamos lá. No início da trama, a personagem Michelle, vivida por Mary Elizabeth Winstead, a gatíssima Ramona de Scott Pilgrim, em uma aparente briga de casal, saiu em disparada, aparentemente sem rumo, dirigindo pela estrada. Nota para os telefonemas e mensagens do namorado, cuja voz é de ninguém mais ninguém menos que Bradley Cooper!

No inicio, já temos os primeiros sinais de um ataque, como um pequeno tremor aqui, um aviso no rádio sobre quedas de energia ali...

...eis que Michelle se envolve em um acidente de carro e acorda presa em um lugar desconhecido. Temos então, a primeira visão do bunker apresentado nos trailers, onde vivem Howard, interpretado brilhantemente por John Goodman e Emmett, o alívio cômico muito bem vindo, interpretado por John Gallagher Jr.

Desta vez sem o recurso da visão em primeira pessoa e sem aparições breves de um monstro, o elemento de tensão no filme é adicionado pela convivência dos personagens isolados do mundo, com personalidades bem diferentes, em especial a de Howard, que em pouco tempo mostra que alguns monstros vivem entre nós.

A trama segue uma direção bem diferente da apresentada nos trailers, realmente focada nos perfis psicológicos de cada um e nas consequências desta convivência forçada. Não espere ataques constantes e aparições de algum monstro, pelo menos até um plot twist que vai agradar alguns (tipo o Tsoukalos do History Channel) e decepcionar outros.

A direção do relativamente desconhecido Dan Trachtenberg é boa, os efeitos especiais que não são tão constantes, são muito bons também. Mas, o que rouba a cena são os efeitos sonoros. Batida de carro, tiros, uma simples abertura de porta de metal. Tudo chama a atenção pelo perfeccionismo. Assisti em uma sala de cinema convencional e parecia estar em um Dolby Atmos.

Vale o ingresso por um filme de suspense, não por um filme de monstro. O filme acaba deixando abertura para uma possível continuação ou emenda com o primeiro filme e só exagera em transformar uma pessoa normal na Sarah Connor. Entendedores entenderão.

MUDEI O ESQUEMA DE NOTAS PARA FACILITAR. AGORA AS NOTAS SÃO DE 0 A 5.

Sendo assim, este que não é o mais revolucionário filme de monstros, nem de pessoas presas em um lugar, mas trás ótimas interpretações, merece uma nota boa:

3 de 5 plot twists que explicam que diabo está acontecendo lá fora!

E só para não perder o costume:

Quem escreveu isso véi?
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